Artista denuncia transfobia por funcionária de supermercado em Fortaleza
26/06/2025
(Foto: Reprodução) A artista trans Alessandra Oliveira afirma que uma funcionária do estabelecimento questionou se ela era homem ou mulher. Artista trans denuncia caso de transfobia por funcionária de supermercado em Fortaleza.
A artista Alessandra Oliveira denunciou que sofreu transfobia em um supermercado em Fortaleza, nesta terça-feira (24). Uma funcionária do local estava com outras pessoas e teria questionado sobre o gênero de Alessandra.
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O ataque transfóbico foi ouvido pelo bailarino e amigo de Alessandra, que foi ao local com ela. "'Aquela mulher perguntou se tu era homem ou mulher'", disse na ocasião o amigo de Alessandra.
O g1 entrou em contato com o proprietário da rede de supermercados Frangolândia, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Já a Secretaria da Segurança Pública disse, em nota, que apura uma denúncia de transfobia no bairro Varjota. O boletim de ocorrência foi convertido para inquérito na Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrim).
Alessandra disse que já tinha notado a funcionária olhando "estranho" para ela, inclusive em outros dias, mas ela achou que poderia ter algo a ver com um ex-namorado dela, que trabalha no local.
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Constrangimento
O caso virou inquérito na Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrim).
Reprodução
Alessandra e o amigo seguiram no elevador, mas ela decidiu voltar ao andar onde o comentário foi feito pela funcionária. "Fui lá perguntar por que ela tinha falado na frente de todo mundo se eu era homem ou se eu era mulher. Ela disse que estava curiosa e perguntou qual o problema de ter perguntado", lembrou Alessandra.
A artista disse que é cliente do estabelecimento há 25 anos, pois mora próximo ao local. A vítima falou que questionou a funcionária sobre o que foi dito, mas a mulher seguiu insistindo no ataque transfóbico de perguntar qual era o gênero da artista.
A vítima, então, chamou a gerência e a segurança do local, mas não teve tratamento adequado dos outros funcionários. Então, ela também chamou a Polícia Militar.
Alessandra disse que durante o período que esperou as autoridades, a funcionária continuou discutindo com ela e parou apenas quando a gerente da unidade pediu para ela se retirar do local. À Polícia, a gerente disse que a funcionária foi embora do local, pois tinha encerrado o expediente.
Além de lamentar o constrangimento, Alessandra disse, inclusive, que perdeu clientes que estavam marcadas para a tarde, pois ela também trabalha como maquiadora e cabeleireira. "O que me abalou mais foi a vergonha na frente de todo mundo, de estar sendo exposta em um local que fica a duas ruas da minha casa. Várias das minhas clientes lá vendo aquilo", disse.
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